Mais IMI: sobe 4,5% na habitação e 6% nos serviços, comércio e indústria
A fatura do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) a pagar em 2026, por referência a 2025, vai subir 4,5% na habitação e 6% nos serviços, comércio e indústria. Isto para os imóveis que sejam alvo da atualização trianual automática do Valor Patrimonial Tributário (VPT) que é feita pelo Fisco.
Em causa está, escreve o ECO, uma portaria publicada esta terça-feira (11 de novembro de 2025) em Diário da República (DR), que atualiza os coeficientes de desvalorização da moeda de acordo com a inflação. Trata-se da Portaria n.º 382/2025/1.
Segundo a publicação, as câmaras podem, no entanto, baixar as taxas, o que pode atenuar o impacto do agravamento. Em 2025, por exemplo, foram 44 os municípios que decidiram reduzir a tributação, sendo que mais de 20 aplicaram o imposto mínimo de 0,30%, de acordo com dados que constam no site da Autoridade Tributária (AT).
No ano passado, a subida do IMI, na sequência da revisão trienal, foi superior: 9,75% na habitação e 13% nos serviços, comércio e indústria. Citado pela publicação, o fiscalista Ricardo Reis, da Deloitte, explica que os valores serão agora mais baixos – os já referidos 4,5% e 6% – “por efeito da inflação entre 2022 e 2024”, visto que “a variação dos preços foi menor entre 2022-2024 do que entre 2021-2023”.
“Nos termos da portaria publicada o coeficiente de correção monetária para 2022 é de 1,06, ou seja, o fator de atualização é de 0,06. Assim, os imóveis comerciais, industriais ou de serviços serão atualizados em 1,06, ou seja 6%. Os imóveis habitacionais, terrenos para construção e outros serão atualizados em 1,045, ou seja 4,5%”, explica.